domingo, 10 de abril de 2011

GRANDES VERDADES 3

03. A nova lei
Jesus representa a perda da validade de todas as regras religiosas. As leis do testamento de Moises e todos os profetas não valem mais; juntamente com essa ideia é que no capitulo 10 de Lucas um fariseu (entenda-se mestre da lei de Moises) arriscou-se a tentar com Jesus o garantir do exercício de sua profissão no novo reino e perguntou o básico a respeito do reino de Deus. Ora, é comum para as pessoas que tem muitas riquezas (entenda-se apego ao que tem ou ao que sabem) tentar manter aquilo que conseguiram mesmo após a morte. Não entendo se o conceito de vida eterna para este fariseu era aprender ou se garantir, mas com certeza não era se converter. A mensagem evangélica não era nada agradável; era o grande e terrível dia do Senhor. Se considerarmos que a profecia de Malaquias era dirigida aos sacerdotes, entenderemos o que representou a leitura de Is. 61, 1-2 e como se não bastasse, o comentário que fez em Lucas 4, 22 . Lembro que Nazaré da galileia é um ponto de passagem e repouso praticamente para quem viaja do mediterrâneo para a antiga decápolis e a grande metrópole, para a fenícia, para a Samaria e até para a Judéia tanto pelo caminho do mar como pelo caminho da montanha (via jerico), assim aquelas palavras ditas na pequena sinagoga rapidamente se espalharam por todo o mundo judeu. O dia do Senhor, o terrível dia do julgamento das autoridades de Israel era um evento esperado mas não desejado por nenhum dirigente associado ao reino sacerdotal de Jerusalém , pois representava o fim da classe dirigente , o fim das leis de Moises , o fim dos rituais , a promulgação de uma nova lei pela presença do próprio Jeová Deus entre os homens , passeando em seu jardim tal qual fizera com Adão . Jesus acabara de proclamar a restauração, o jubileu da graça (leia a profecia toda em Isaias 61, 1-11 e 62, 1- 66,24) Jesus não precisava agir como o juiz que cobraria a prevaricação, sua própria presença já representava o juízo final, daí por que tentaram envolve-lo com abstrações, ofereceram-lhe para ser rei, chamaram-lhe de filho de Davi, disseram-lhe profeta, tentaram adula-lo com reuniões e banquetes, tentaram até servir-lhe de apoio de testemunho dele próprio e de sua missão. Todos queriam, senão se eximir de culpa, ser reconhecidos inocentes. Percebo no jovem rico e em Nicodemos duas pessoas que entram em contato com Jesus como que querendo um carimbo em seu passaporte que permitisse sua viagem para o céu como residente definitivo, o primeiro pelo fazer o segundo pelo saber. Hoje de manhã dois jovens evangelistas “estudantes da bíblia” me disseram que o importante não é quanto se conhece da escritura, concordo, mas o merecimento também não tem nenhuma importância, pois é notório que Deus jamais olha nenhum homem com parcialidade de valores humanos e está mais que sabido que nossos critérios do que é bom e bem ficam muito aquém do que Deus considera certo ou errado. Percebo até que a grande luta dos apóstolos é em estabelecer “o nome de Jesus” e não de Jeová, El, Shadai. Iah, Adonai ... mas Jesus, o único nome sobre o qual importa para a salvação. A nova lei não se comporta abstracionada, não da para ser sincretizada ou miscigenada, não pode ser misturada a nada antigo pois a tudo supera. A nova lei desconsidera o coletivo e trata do individuo, do qual o coletivo é decorrência, reconstrói pelo âmago, relê direto na formação, não inibe o caráter pois modifica a personalidade, não reaviva o velho mas faz renascer, ou nascer o novo. Jesus instou aos eruditos de sua época a reconhecer os sinais, as curvas do tempo assim como reconheciam as mudanças climáticas, reconheceram o sotaque Galileu de Pedro quando o queriam prender mas foram incapazes de reconhecer a voz de Deus que queria lhes resgatar.

CONTINUA

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Ricardo  Padilha

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