segunda-feira, 11 de abril de 2011

GRANDES VERDADES 4 E 5 - O DESPERTAR


04. O despertar
Quando eu era jovem acordei numa quarta-feira de cinzas na beira da praia com uma imensa luz que me tirou de meu sono. Ao olhar para ela percebi que a medida que a alvorada ia prosseguindo as coisas também saiam da obscuridade, as águas da escuridão se separaram e descobri o firmamento e a plena divisão da linha do horizonte, as ondas do mar se movimentando, a lua ainda visível no céu, os pássaros, as gaivotas, as árvores, pequenos siris na beira do mar, a grama sobre a qual eu estava e as pessoas a minha volta, a vida, o belo, o natural: esta foi a minha Geneses.
05. Lembranças
Lembro que o sermão da montanha caiu sobre mim tal qual faria o efeito de um fluxo de dados em uma placa mãe rachada, ou seja, eu não funcionava. Se para Paulo de Tarso o efeito foi cair do cavalo, em mim foi o choque entre ler um livro e ver naquele livro a minha vida e tudo aquilo que nunca havia cobrado de mim. Tudo aquilo que nunca dera oportunidade de me advertir estava sendo dito por aquele carpinteiro a um bando de esfomeados na Palestina há dois mil anos e a partir de então eu era um deles. - Mas quem ele pensa que é? Como é que passa uma série de normas para vivermos? Ai entendi que o que aquele religioso estava dizendo não eram leis que eu tinha que seguir mas eram o fruto de suas observações ao longo de seus trinta anos de vida. Ele via as pessoas que faziam isso naturalmente estarem em um estado de felicidade incomum simplesmente porque eram assim, mas não servia para ser seguido como regra, tinha que ser natural, e para ser natural em mim não era só seguir: Eu precisava nascer de novo! Somente outra pessoa que não eu poderia ser naturalmente assim, eu já não servia, já não me prestava a ser feliz. Descobri naquele “pescador de pescadores” uma pessoa diferente, um ímã, um dínamo e um ícone. Nele, tudo em mim era o oposto completo. Nele a perfeição que ele mesmo enfatizou, em mim a eterna sede nunca saciada. Para mim, a utopia que ele pregava era fascínio, hipnotizante. Fiquei feliz com a sua felicidade de tal modo que esqueci minha tristeza, só o via, não mais me enxerguei: encontrei a fé! O encontrei e me perdi de mim . o mundo ficou diferente, mais claro, mais bondoso, mais alegre, menos egoísta, mais humano. Com o tempo percebi que não era o mundo, era eu! Algo mudara: meu perceber, meu ser, nasci!
CONTINUA

2 comentários:

BOAS NOVAS disse...

Despertou o escritor que há em ti, belo texto meu amado mano invista em escrever vc tem futuro abrs

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkk